Dia da Santo Antonio - 13 de Junho

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Santo Antônio
13 de JUNHO

Santo Antônio nasceu em Lisboa (Portugal) em 1195. Seu nome de batismo era Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo. Acredita-se que fosse descendente de família nobre, oriunda da França, que no tempo das Cruzadas teria prestado grandes serviços a Afonso VI de Castilha contra os mouros ou tomado parte ativa na reconquista de Lisboa, em poder dos maometanos.
Após breve período como religioso da Ordem dos Cônegos de Santo Agostinho, ingressou, em Coimbra, para a Ordem Franciscana, que o conquistou pelo seu ideal missionário. Ao mudar de Ordem Religiosa mudou também de nome, passando a se chamar Antônio.
Uma vez descoberta sua grande queda pela oratória e sua aptidão para o ensino, São Francisco de Assis, em pessoa, vendo a necessidade de proporcionar aos futuros missionários uma instrução que os colocasse à altura do ministério sagrado, nomeou Antônio para a tarefa. Há que se observar que sua ida para a Itália e sua convivência com São Francisco foram motivadas por causas que seria longo elencar.
O importante é que o Fundador dos Franciscanos, São Francisco, viu em Antônio a pessoa idônea e capaz para o papel de Mestre, nomeando-o “Lector” de Teologia.
Além de excelente pregador, eloqüente e arrebatador, foi também ótimo professor e mestre de Teologia.
O santo tinha sido brindado por Deus com o dom da bilocação. Defendeu, como excelente advogado, seu pai, injustamente condenado à morte, por enforcamento. Em outras ocasiões de sua vida, transportou-se de um lugar para outro, sendo visto contemporaneamente nos dois lugares.
Em Portugal, sua terra natal, e em outros países de língua portuguesa, a devoção ao santo atingiu tal intensidade que era invocado mormente em ocasiões de batalhas e guerras. Com isso, mereceu ser promovido a soldado, intervindo em 1595, e a Capitão internido da Fortaleza da Barra (Salvador-Bahia) pelo governador da época D. Rodrigo da Costa, em 16 de julho de 1705. Dom João V, em carta régia de 7 de abril de 1707, confirma a promoção a capitão internido.
Mais tarde, o príncipe regente, Dom João, futuro rei Dom João VI, por decreto de 13 de setembro de 1810 e carta patente de 4 de fevereiro de 1811 promove o santo ao posto de Sargento-mór, por atribuir à intercessão do santo a proteção celeste recebida, abençoando seus esforços para “salvar a Monarchia da grande e difícil crise” a que esteve exposta, durante as invasões francesas em Portugal.
Finalmente, aos 25 de dezembro de 1814, Dom João, ainda Príncipe Regente, assinou no Palácio da Real Fazenda de Santa Cruz (Rio de Janeiro) um decreto promovendo o Sargento-mór Santo Antônio ao posto de Tenente-Coronel de Infantaria.
Em 22 de outubro de 1816 é expedida a carta patente da promoção do Santo a tenente-coronel já assinada pelo Rei Dom João VI. Ei-la:
“Dom João por graça de Deos Rei do Reino Unido de Portugal e do Brazil, e Algarves d’aquem e d’alem Mar, em Africa Senhor de Guiné e da Conquista, Navegação, Commercio d’Ethiópia, Arabia, Persia e de Índia etc. “Faço Saber aos que esta Minha Carta Patente virem: Que tendo por Decreto de treze de setembro de mil oitocentos e dez concedido a patente de Sargento Mór ao Glorioso Santo António, que se venera na Cidade da Bahia, e a quem o Povo da mesma Cidade Consagra a mais viva Devoção: Sou ora servido elevá-lo ao Posto de Tenente Coronel de Infantaria, cujo soldo lhe será pago na mesma forma que até aqui o tem sido da anterior. Pelo Que mando ao Conde dos Arcos, Governador e Capitão General da dita Capitania, que assim o tenha entendido, e o soldo se lhe assentará nos Livros a que pertencer para lhe ser pago aos seus tempos devidos. Em firmeza do que lhe mandei passar a presente por mim Assignada e Sellada com o Sello Grande de Minhas Armas. Dada na Cidade do Rio de Janeiro aos vinte e dois dias do mez de Outubro do Anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil oitocentos e dezasseis, (a) - El Rey João R.”.
Santo Antônio faleceu em Arcella, nos arredores de Pádua - Itália - numa sexta-feira, dia 13 de junho de 1231.
Sua festa é celebrada aos 13 de junho, data de sua morte.
Sua ligação com o Quadro Complementar de Oficiais evidencia-se por três aspectos de sua vida que são algumas das típicas funções exercidas pelos integrantes do QCO:

1 - Mestre: foi exímio orador e pregador da palavra sagrada. Ensinava a doutrina cristã.
2 - Professor: foi “lector”, isto é, professor de Teologia.
3 - Advogado: atuando o dom que Deus lhe deu de se bilocar, defendeu convincentemente o próprio pai, inocente, que já tinha sido condenado à morte por enforcamento.
Com justa razão, portanto, é cultuado como Padroeiro do QCO.